domingo, 1 de maio de 2011

O DIA EM QUE EU SAI DE CASA


Malas prontas. Eu acho!
Peguei roupas, sapatos, perfume, remédios e dinheiro.
Não queria fazer o que estou fazendo...
... mas é preciso!
Confesso que sentirei muita falta de tudo e todos.
Despedir-me-ei até dos cachorros!
Meu pai se mostra tenso, olhos murchos.
Meu irmão me dá um abraço de quebrar as costelas.
Minha mãe, com a mão na boca, chora litros.
O que me deixa triste é a sensação de que não os verei por um bom tempo!
Triste, muito triste!
Enfim, já estou indo...
Fico sem jeito de dizer adeus.
Meu pai me abraça engolindo o choro...
... enquanto coloca mais alguns trocados em meu bolso.
Minha mãe continua chorando...
... e pede que “Deus” me acompanhe!
Então, vou embora sem olhar para trás e com um nó na garganta.
Até breve família, até breve...

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